E num mundo onde tudo se convenciona como conexo de tantas metamorfoses, só tu cabes, só tu sonhas, só tu és. A verdade redonda do balançar das ondas chamando-me baixinho em cada gesto, em cada olhar. O mar que soa por detrás das palavras crespas, como um só mar que se despede da tua ideia a oscilar por entre os dias… um mar que foi ficando; e envelhecendo. Secando-se no nosso olhar salgado olhando-o pela primeira vez. E repetindo. Repetindo sempre os pregões de amor que abandonámos à porta.E tu… tu dizes, hoje e sempre, que sorrirás perpetuamente, em cada ocasião que te acenem de longe. E eu… eu talvez ainda procure o mesmo mar, talvez ainda aguarde os mesmo sinos, as mesmas formas estranhas de um só sonho, chamando-me a um desígnio que, hoje ainda, tenciono encontrar. E hoje ainda, o sonho será só um, em todas as suas formas e caminhos; em um só Deus, numa só Fé, num só mar. Até onde as palavras o possam levar. Até onde as palavras me levem a mim.